Ternura

Eu peço perdão por amar-te de repente.
Embora o meu amor seja velho poema nos teus ouvidos,
lembro a tua boca como perfume de êxtase,
as noites que vivi quente.
Para ti,
trago toda em mim doçura
dos que aceitam gota a gota o adeus.
E posso dizer-te
que a grande admiração que te deixo
não traz o correr de lágrimas,
nem as promessas,
nem os recondidos caminhos da Alma e do Ser...
Traz, sim, uma enchente de carícias,
uma saudade que fere,
um sossego desassossegado.
Peço quieta,
sabendo que a escuridão é amiga,
que largues tudo tão bom e tão mau,
e,
simplesmente,
beijes o dia
como beijas a noite.

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"Here is my secret. It is very simple: It is only with the heart that one can see rightly; what is essential is invisible to the eye."

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