Numa terra lá distante,
Chamada mesmo de "deserto",
Nasceu Menino calmo
De futuro incerto.

Sua infância foi passada
A fazer traquinices, a dormir a cesta
No meio das planícies Alentejanas,
E o primo ajudava à festa.

Certo lindo dia

E sem saber bem como,

Este Menino pega na caneta

... Oh, até deita fumo!!!

Ele escreve, escreve

Até não puder mais,

Até a mão doer,

Até expelir seus "ais".

Quando tudo estava calmo,

E a tempestade passada,

Surge lá do longe,

Menina bem aprumada.

De sorriso bem posto,

E olhar sem ofensa,

Esta Menina entra,

Sem pedir licença.

Eis que o Menino,

Coitado...

Lança-se de cabeça,

Fica abananado!!!

Ele e Ela,

Perdidamente apaixonados,

Trocam carinhos, choxos

E linguados!!!

A história que hoje conto
Acaba estranhamente assim,
Não por esquecimento
Mas porque não tem Fim...