A ti...

A ti, que me roubaste toda a calma, paz, serenidade para todo o sempre, tenho a dizer-te que não te odeio, porque não posso, porque não me é permitido, e porque te conheci e te conheço desde o meu primeiro dia. Tenho a dizer-te, que se precisares de mim, estarei lá, mas sempre com a noção de que és cruel, egoísta, imaturo, machista, mau, porco, burro, que não gostas de mim porque te achas superior a todos e a tudo que é regras, a pior pessoa que conheço, e que os meus pés estarão sempre quatro km atrás e os meus olhos bem abertos.

A Ti (porque sois "um só"), tenho a dizer que não conheço melhor, e que tudo de bom dentro de mim veio porque Te tinha comigo e bem perto. Quero dizer-Te que Te reconheço todo o esforço, todo o amor, todo o sofrimento por mim, e que todos os sacrifícios feitos não serão em vão, porque chegarei onde posso e onde quero. A Ti, que me deste tudo o que tenho, devo não só o meu passado mas também o meu futuro, porque sem o passado que me construís-Te, não seria Grande como esperam.

A ti, que não vales nenhum, que me roubaste segurança, que me mentiste a ponto de ficares sem dentes e que andas no mundo por ver andar os outros e que te rias da minha cara quando eu chorava, tenho a dizer-te que me és indiferente. E por ser assim, desejo-te que sejas "nada" feliz, ou feliz em "nada", porque só "nada" me trouxestem e "nada" me deste de jeito. Ainda tentaste, mas não
És suficiente, nem És que chegue, porque do vazio vieste e para o vazio caminhas frustrado. Por isso, espero que sejas tão "nada" na vida como o que "nada" dás aos outros.

A ti, meu amigo do peito, te digo não ter pensado claramente quando me aproximei. Sim, sempre fui sincera, transparente, mas o meu medo de partires e a confusão no cérebro e na alma, não me permitiu deixar-te entrar. Não tinha vontade nem força para mudanças, e no hábito me confortei. Mas te digo que, neste momento, quando olho para "vós", penso que não houve erro na minha decisão (ou na falta dela). Vejo-vos firmes e apaixonados há tantos anos, vejo-vos como um dia gostaria de me ver acompanhada. E por isso fico tão feliz...!!!

A ti, tenho a dizer que és um palerma, desiquilibrado, e que devias procurar ajuda psicológica. E sobre ti mais nada digo, porque seria dar-te demasiada importância.

A ti... Pffff, quem és tu mesmo???

A ti, que é pequena a história, tenho a agradecer o carinho e a força que me deste sem saber. Tenho a dizer-te que foste a "super-cola" que precisei para juntar cacos e tenho que te pedir desculpa porque retirei de ti o que precisei, fui embora, e deixei-te só.

A ti... A ti... Sei lá que te diga a ti. Sei que me foste tão grande, mas que de grande tens pouco. Sei que me foste tão importante, mas a importância que tens agora é discutível. Sei que me foste "mais que tudo" (e foste), e, como não podia deixar de ser, deste (demos) cabo de "mais que tudo" o que tinha de bom em mim, e fiquei azeda, desconfiada. Por ti (nós), torço o nariz quando sinto que estou bem, porque já não estou habituada a sentir-me relaxada. Por ti (nós), penso automáticamente no meio de fuga a tudo que me pareça penoso, e sofro por antecipação. Por ti (nós), abri a torneira da alma e rompeu-se os canos, não sabendo agora como a fechar. Por ti (nós) fui pior pessoa, pior amiga, pior companheira, pior mulher. Por ti (nós) há feridas que são tão fundas, que desespero às vezes a pensar numa maneira de as fechar. E não consigo...

A ti, deste-me os melhores dias, meses, e ano da minha vida. És o melhor companheiro que existe à face da Terra. Não é que goste de te ver chorar, mas não existiu ninguém que o tenha feito de alma e corpo enquanto a minha alma e o meu corpo chorava também. Lembro-me e relembro-me da tua alegria extrema com os meus sucessos, da tua falta de preguiça para mim e para coisas minhas, da tua genica e força apesar de teres mais que motivos para perder toda a fé nos Homens. Lembro-me com saudade extrema do teu ouvido atento e da tua predesposição para entenderes tudo. E do que mais me lembro é só de uma frase: "Senta-te e fala comigo". E lembro-me e faz-me falta o companheirismo, os jantares a dois na treta, ou de jantar fora como amigalhaços de jornada, da partilha de coisas boas e de coisas más. Lembro-me e faz-me falta saber que conheço alguém tão bem como a mim própria, que não esconde o que é, o que sente, o que precisa, o que lhe faz falta. Porque a mim o silêncio mata-me, desconforta-me, assusta-me e da-me vontade de fugir... E principalmente lembro com amor todos os abraços sinceros, e todas as palavras sentidas e mais que sentidas, e isto sei ser a mais pura das verdades.
A ti, agradeço todos os pequenos almoços na cama, todas as "papinhas especiais para princesas :)", todos os esforços e mais alguns para receberes e te integrares com "os meus", agradeço-te até o facto de me perguntares de que côr achava eu melhor que pintasses as paredes da sala. Porque são actos tão simples, mas tão significativos do quão empenhado estavas em deixares-me fazer parte de ti. E isso é tão raro, e tão bonito e tão simples quando se sabe amar uma mulher.

A Ti... It was good as good goes.

2 Coisa(s):

farfalla disse...

ufffa muito exorcismo :p

Ai e Tal... disse...

Ás vezes tem de ser né?????

beiiijjjoooo amigo blogueira :P

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